A MÚSICA E A PINTURA ATRAVÉS DOS TEMPOS!...
@Mena.
REFLEXÃO
terça-feira, 28 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
MENINO E MOÇO
Tombou da haste a flor da minha infância alada,
Murchou na jarra de oiro o pudico jasmim:
Voou aos altos céus santa Águia, linda fada,
Que d´antes estendia as asas sobre mim.
Julguei que fosse eterna a luz d´essa alvorada,
E que era sempre dia, e nunca tinha fim
Essa visão de luar que vivia encantada
Num castelo de prata embutido a marfim!
Mas, hoje, as águias de oiro, águias da minha infância,
Que me enchiam de lua o coração, outrora.
Partiram e no céu evolam-se a distância!
Debalde chamo e choro, erguendo aos céus meus ais:
Voltam na asa do vento os ais que alma chora;
Elas, porém, Senhor! Elas não voltam mais...
António Nobre, In "Só".
Transcrito: @Mena.
Murchou na jarra de oiro o pudico jasmim:
Voou aos altos céus santa Águia, linda fada,
Que d´antes estendia as asas sobre mim.
Julguei que fosse eterna a luz d´essa alvorada,
E que era sempre dia, e nunca tinha fim
Essa visão de luar que vivia encantada
Num castelo de prata embutido a marfim!
Mas, hoje, as águias de oiro, águias da minha infância,
Que me enchiam de lua o coração, outrora.
Partiram e no céu evolam-se a distância!
Debalde chamo e choro, erguendo aos céus meus ais:
Voltam na asa do vento os ais que alma chora;
Elas, porém, Senhor! Elas não voltam mais...
António Nobre, In "Só".
Transcrito: @Mena.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
EU AMO GATOS!!!
Pinturas de vários pintores clássicos e contemporâneos.
Poema o Gato de Charles Baudelaire.
GATO
Vem cá, meu gato, aqui no meu regaço;
Guarda essas garras devagar,
E nos teus belos olhos de ágata e aço
Deixa-me aos poucos mergulhar.
Quando meus dedos cobrem de carícias
Tua cabeça e o dócil torso,
E minha mão se embriaga nas delícias
De afagar-te o elétrico dorso.
Em sonhos vejo. Seu olhar, profundo
Como teu, amável felino,
Qual dardo dilacera e fere fundo
E, dos pés a cabeça, fino
Ar sutil, um perfume que envenena
Envolvem-lhe a carne morena.
O gato não nos acaricia, o que faz é acariciar-se em nós... Por isso eu amo os gatos!!!
Transcrito: @Mena.
Poema o Gato de Charles Baudelaire.
GATO
Vem cá, meu gato, aqui no meu regaço;
Guarda essas garras devagar,
E nos teus belos olhos de ágata e aço
Deixa-me aos poucos mergulhar.
Quando meus dedos cobrem de carícias
Tua cabeça e o dócil torso,
E minha mão se embriaga nas delícias
De afagar-te o elétrico dorso.
Em sonhos vejo. Seu olhar, profundo
Como teu, amável felino,
Qual dardo dilacera e fere fundo
E, dos pés a cabeça, fino
Ar sutil, um perfume que envenena
Envolvem-lhe a carne morena.
O gato não nos acaricia, o que faz é acariciar-se em nós... Por isso eu amo os gatos!!!
Transcrito: @Mena.
domingo, 19 de junho de 2011
PRESENÇA...
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exacto e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutílmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem, nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como alma em a janela
e respirar-te, azul e luminosa no ar.
É preciso a saudade para sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
De Mario Quintana.
Transcrito:@Mena.
teu perfil exacto e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutílmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem, nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como alma em a janela
e respirar-te, azul e luminosa no ar.
É preciso a saudade para sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
De Mario Quintana.
Transcrito:@Mena.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
domingo, 12 de junho de 2011
AMOR INTEMPORAL - SIMÃO E TERESA.
"AMOR DE PERDIÇÃO."
Amor de Perdição - é a obra prima de Camilo Castelo Branco, representante do roman-
tismo português.
Este livro é o carro chefe da literatura camiliana. Fala do amor de Simão Botelho e de
Teresa Alburquerque, com um final trágico e emocionante...
Inicialmente há um triângulo amoroso, formado por Teresa, Simão e Baltasar. Depois a
formação de outro triângulo amoroso: Teresa, Simão e a presença da dedicada Mariana
como elemento de ligação entre o amor de Simão e Teresa.
Mesmo amando Simão, Mariana não rivaliza com Teresa, muitas vezes até auxiliando o
casal apaixonado, intermediando a correspondência entre eles. Todos os três, terão o mesmo
final trágico: a morte. No entanto, há problemas para a concretização do amor de Simão e
Teresa: a rivalidade entre as famílias e o comprometimento de Teresa em casar-se com
seu primo Baltasar...
No segundo capítulo, página 35, há um bilhete escrito por Teresa a Simão:
"Não me esqueças tu e achar-me-às no convento ou no céu, sempre tua de coração e
sempre leal."
O pensamento romântico em Amor de Perdição, trabalha a união de dois seres pela morte,
a verdadeira união indestrutível, infinita, elevação à unidade suprema que só será con-
cretizada através de muitos sofrimentos e provações encontrando no amor romântico, a
morte como a mais pura forma de realização.
Amor de Perdição - É perder-se de si mesmo!!!
@Menapereirasousa.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
O VENTO SOPRA LÁ FORA....
terça-feira, 7 de junho de 2011
O AMOR...
O amor é uma gota de orvalho pousando em uma pétola de rosa,
Uma gota intermitente afogando-se no mar do esquecimento,
um suspiro esperando ser correspondido,
uma lágrima acariciando o rosto de quem ama,
é um grito esperando ser escutado,
um coração esperando ser aquecido,
um raio de luz na imensidão da noite
porém, sobre todas as coisas e o poder gritar
que... Amo-te.
De Juan Andrés Leiwir - (Tradução: Maria Teresa Almeida Pina)
Transcrito:@Mena.
sábado, 4 de junho de 2011
"DE LONGE..."
PINTURA: De August Riedel - pintor alemão. (1799 - 1883).
De longe te hei-de amar
-da tranquíla distância
em que o amor é saudade
e o desejo, constância.
Do divino lugar
onde o bem da existência
é ser eternidade
e parecer ausência.
Quem precisa explicar
o momento e a fragância
da Rosa que persuade
sem nenhuma arrogância?
E, no fundo do mar,
a Estrela, sem violência,
cumpre a sua verdade,
alheia à transparência.
De Cecília Meireles.
@Mena.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
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