REFLEXÃO

REFLEXÃO
SAUDADE NÃO É CORPO, SAUDADE É ALMA.- MENA SOUSA

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

DEFINIÇÕES INDEFINIDAS.



SAUDADE é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer outra vez e não
se consegue.
LEMBRANÇA é quando, mesmo sem autorização,o teu pensamento re-apresenta um
capítulo.
ANGÚSTIA é um nó apertado bem no meio do sossego.
PREOCUPAÇÃO é uma cola que não deixa o que ainda não acontecer sair do  teu
pensamento.
INDECISÃO é quando tu sabes muito bem o que queres mas achas que devias querer
outra coisa.
INTUIÇÃO é quando o teu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
PRESSENTIMENTO, é quando passa em ti o trailer de um filme que pode ser que nem
exista.
VERGONHA é um pano preto que tu queres para te cobrires naquela hora.
ANSIEDADE é quando sempre faltam muitos minutos para o quer que seja.
INTERESSE é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
SENTIMENTO é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
RAIVA é quando o cachorro que mora em ti mostra os dentes.
TRISTEZA é uma mão gigante que aperta o coração.
FELICIDADE é um agora que não tem pressa nenhuma.
AMIZADE é quando tu não fazes questão de ti e te em prestas aos outros.
CULPA é quando tu cismas que podias ter feito diferente mas, geralmente, não podias.
LUCIDEZ é um acesso de loucura ao contrário.
RAZÃO é quando o cuidado aproveita que a emoção está a dormir e assume o mandato.
VONTADE é um desejo que cisma que tu és a casa dele.
PAIXÃO é quando apesar da palavra "perigo" o desejo chega e entra. - Adiana Falcão.


sábado, 3 de dezembro de 2011

CANÇÃO DO SONHO INACABADO...

Já tive a rosa do amor
- rubra rosa sem pudor:
Cobicei, cheirei, colhi.
Mas ela despetalou
E outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
Me embriaguei de alegria!
Mas os risos da ventura,
No limiar da loucura,
Se tornaram fantasia...
Já almejei felicidade,
Mãos dadas, fraternidade,
Um ideal sem fronteiras
- utopia! Voou ligeira,
Nas asas da liberdade.
Desejei viver. Demais!
Segurar a juventude,
Prender o tempo na mão,
Plantar o lírio da paz!
Mas nem mesmo isto eu pude:
Tentei, porém nada fiz...
Muito, da vida, eu já quis.
Já quis mas não quero mais.  -  (Cecília Meireles)