REFLEXÃO

REFLEXÃO
SAUDADE NÃO É CORPO, SAUDADE É ALMA.- MENA SOUSA

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

FADO DO ESTUDANTE DE COIMBRA


Triste sina ver-me assim
Que sorte vil, degradante
Ai que saudades eu sinto em mim
Do meu viver de estudante
Esse fogaz tempo de amor
Que de um rapaz era o melhor
Era audaz conquistador das raparigas
De capa ao léu cabeça ao ar
Só para amar vivia eu
sem me ralar e tudo mais eram cantigas.

Nenhuma delas me prendeu
Deixa-las eu era canja
Até ao dia em que me apareceu
Essa traidora de franja.

Sempre a tenir sem um tostão
Batina a abrir por um rasgão
Botas a rir e um bengalão e ar descarado
A vadiar com outros mais
Para ir dançar para os arrais
Pra namorar beber folgar cantar o fado.

Recordo agora com saudade
Os calhamaços que eu lia
Os professores da Faculdade
E a mesa de anatomia.

Evoco em mim recordações
que não tem fim dessas lições
Frente ao jardim do velho campo de Santana
Aulas que eu dava e sem estudar
Só ainda estava nessa classe
A que eu faltava sete dias por semana.

O fado é toda a minha fé
Embala, encanta e enebria
Pois chega a ser bonito até
Na rádio-telefonia.

Quando é tocado com amor
bem afinado e a rigor
é belo fado ninguém há que lhe resista
É a canção mais popular
Tem emoção faz-nos vibrar
e eis a razão de eu ser doutor ser fadista.



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

FLORES PARA FLORIPA...

Que mil flores desabrochem. Que mil flores
(outras nenhumas) onde amores fenecem
que mil flores floresçam onde só dores
florescem.

Que mil flores desabrochem. Que mil espadas
(outras nenhumas não)
onde mil flores com espadas são cortadas
que mil espadas florescem em cada mão.

Que mil espadas floresçam
onde só penas são.
Antes que amores feneçam
que mil flores desabrochem. E outras nenhumas não.

Manuel Alegre.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DIA DA CULTURA

Apenas um pensamento:

"A prova de alta cultura dizer as coisas mais profundas, de modo mais simples."

(Émerson.)